Empreiteira OAS delata Vitalzinho e mais 20 políticos por propina e caixa dois de R$ 125 milhões

Em delação premiada, oito executivos da OAS revelaram como funcionava o esquema de pagamento de propina a deputados, senadores e governadores, entre 2010 e 2014. Após prestarem um total de 217 depoimentos, os delatores citam nominalmente 21 políticos, entre eles, o atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rego, que era senador na época da acusação, segundo o jornal O Globo, que teve acesso a um relatório de 73 páginas da PGR (Procuradoria-Geral da República).

O esquema funcionava na “Controladoria de Projetos Estruturados” e envolvia pagamentos “frios” no Brasil e no exterior em troca de favorecimento da construtora em obras como o estádio da Arena das Dunas, em Natal (RN); a transposição do Rio São Francisco, o Porto Maravilha, no Rio de Janeiro; e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste.

A lista da OAS inclui nomes de políticos do PSDB, MDB, DEM, PT, PSD, PSB e PP, mas envolve também empresários, doleiros e ocupantes de altos cargos de estatais.

A delação foi homologada em março no ano passado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). No pedido, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, sugere que os investigados sem foro privilegiado tenham as acusações enviadas para a Justiça de primeira instância em nove estados; e a remessa para o STJ (Superior Tribunal de Justiça) no caso dos governadores e do ministro do  TCU (Tribunal de Contas da União) Vital do Rego, que era senador na época da acusação.

O processo está sob sigilo e as providências cabem ao relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin que, em agosto passado já autorizou o compartilhamento das provas com o Ministério Público Federal, Polícia Federal e Justiça.

Todos os pedidos de propina ou caixa dois eram repassados, segundo a reportagem, para a diretoria financeira da OAS, então comandada pelo executivo Mateus Coutinho de Sá. Após ter aval da cúpula da empreiteira, contratos fictícios eram elaborados e os pagamentos feitos por meio de doleiros.

Alberto Youssef, doleiro preso na Lava Jato, era um dos operadores do esquema.

Com Click PB

COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA

Facebook
WhatsApp
Print