Veneziano se reúne com cúpula do PT e sinaliza composição para disputa ao governo da Paraíba

Mesmo positivado para a Covid-19, o senador Veneziano Vital do Rêgo, presidente do MDB na Paraíba, participou nesta segunda-feira (7), de uma reunião com a cúpula do PT no estado.

A foto divulgada, ontem (07), é simbólica. É o início da confirmação de conversas de bastidores: o senador que, oficialmente ainda é da base de João Azevêdo (Cidadania), vai disputar a eleição contra o atual governador, em outubro, numa aliança com petistas.

Durante o encontro, segundo o emedebista, foram tratados temas referentes à conjuntura nacional que envolvem a postulação do ex-presidente Lula à presidência. Mas não foi só isso, claro. Na pauta, também, assuntos inerentes à realidade estadual, avançando sob a efetiva perspectiva de projetos convergentes.

Veneziano, pelo visto, vai capitanear a esquerda, com apoio do presidente Lula, do ex-governador Ricardo Coutinho; do ex-prefeito Luciano Cartaxo e ‘Os Feliciano’. Depois da oficialização, o próximo passo é saber qual o papel de cada um na oposição.

Nem governistas acreditam mais que Vené ficar na base de Azevêdo. No grupo do senador, esperam a data do anúncio. “Iria ser dia 10 (fevereiro), mas por causa da Covid-19, foi adiado”, disse um emedebista.

Vené afirmou que “estamos concluindo o processo”. A pergunta foi sobre a formalização da pré-candidatura.

Na reunião à distância com o emedebista, ontem, estavam juntos o presidente do PT estadual, Jackson Macedo; o ex-governador Ricardo Coutinho; o ex-deputado federal Luiz Couto; além dos dirigentes do PT estadual Márcio Canielo e Antônio Barbosa, que preside a legenda na capital.

Ausência percebida foi a do ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, que se filiou ano passado ao PT com o propósito de disputar ao governo. Ele também está com Covid-19.

Todos, sem exceção são da ala petista que deseja uma candidatura única com apoio de Lula.

Rompimento e discurso 

Veneziano romperá da maneira mais natural possível, sem traumas e “guerra”, apostam alguns governistas (mas será possível?).

A oposição ferrenha e as críticas, nesse primeiro momento, ficará com quem já se declarou adversário político de João.

No discurso, em um primeiro momento, a base acredita que virá uma retórica de que o governo não cumpriu o que prometeu, é mais lento do que se esperava, e que é a oportunidade de ser mais ágil nas soluções de problemas da Paraíba.

Para muitos, isso é o de menos. Rompimentos e alianças que pareciam injustificáveis aqui no estado encontraram abrigo em argumentos infundados, e passaram “tranquilos”. Agora é esperar.

Jornal da Paraíba

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