Investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal demonstram que há fortes indícios de que a reforma no apartamento de Maristela Temer, filha do ex-presidente Michel Temer,foi feita com dinheiro de propina. Temer foi preso na manhã desta quinta-feira (21) após ser abordado por policiais federais na rua, em São Paulo.
A quantia usada na reforma, segundo a Polícia Federal, teria sido recebida por dois operadores financeiros de Michel Temer, João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, e Maria Rita Fratezi, em nome do presidente, diretamente na empresa Argeplan.
Maria Rita era responsável pela reforma da casa e teria pedido a Maristela que fizesse os pagamentos em dinheiro.
De acordo com a PF, um diálogo de 2014, interceptado com autorização judicial, deixa clara a ligação entre os citados:
Maria Rita Fratezi – “Olá Maristela te enviei por mail, os descontos da indusparquet. Bj. Rita.
Maristela – Ok. Passo para o papai?
Maria Rita Fratezi – Passei os preços para João, que disse que vai aprovar com ele. Fica bem assim?
Maristela – Claro! Obrigada.”
Maristela, em depoimento na Polícia Federal, afirmou que o valor da obra foi de R$ 700 mil, porém sem apresentar quaisquer comprovantes das obras. No entanto, segundo a PF, as notas fiscais emitidas pelos fornecedores ultrapassaram R$ 1, 2 milhão. O custo final orçado ficou em R$ 1,6 milhão.
Com G1