MP denuncia grupo suspeito de causar prejuízo de R$ 49 milhões à Prefeitura de João Pessoa

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) denunciou nove pessoas à Justiça, nesta quarta-feira (4), acusadas de integrar um grupo que teria causado um prejuízo de R$ 49 milhões do Município de João Pessoa, sob o pretexto da contratação de um serviço de recuperação de créditos tributários, através de uma empresa de consultoria.

Na denúncia, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) descreve como se dava o pagamento de propinas a agentes públicos, entre 2009 e 2011, marcado pela apreensão de R$ 81 mil, em junho de 2011.

A denúncia partiu de uma delação feita por Livânia Farias, no contexto da Operação Calvário. Além da colaboração de integrantes do esquema, o Gaeco reuniu provas a partir da quebra de sigilo concedida pela Justiça.

Foram denunciados:

  • Bernardo Vidal Domingues dos Santos, gestor do escritório Bernardo Vidal Advogados;
  • Gilberto Carneiro da Gama, ex-procurador geral do município e do Estado;
  • Livânia Maria da Silva Farias, ex-secretária de Administração do Estado;
  • Laura Maria Farias Barbosa, ex-secretária de Administração de João Pessoa;
  • Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador Ricardo Coutinho;
  • Raymundo José Araujo Silvany, ex-secretário executivo de Segurança Pública;
  • Aracilba Alves da Rocha, ex-secretária de Finanças do Estado;
  • Raimundo Nonato Costa Bandeira, secretário de Comunicação do Estado;
  • José Vandalberto de Carvalho, ex-assessor especial da Procuradoria-geral de João Pessoa.

De acordo com o MP, a investigação indicou que a contratação da empresa Bernardo Vidal Advogados pela Prefeitura de João Pessoa, entre os anos de 2009 e 2012, foi orquestrada “pelos quatro primeiros denunciados para desviar recursos públicos, mediante o pagamento indevido de milhões em honorários, bem como para viabilizar o recebimento de propina pelo segundo, terceiro, quarto e quinto denunciados”, diz trecho da ação.

A ex-secretária de Administração de João Pessoa, Laura Maria Farias Barbosa disse que se surpreendeu com a denúncia porque, de acordo com ela, ainda não havia sido citada.

Com G1 PB

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