
Por falta de acordo entre os partidos, a Câmara dos Deputados adiou mais uma vez, no início da madrugada desta quinta-feira (14), a votação sobre a proposta de reforma política que prevê mudanças no sistema eleitoral e a criação de fundo com dinheiro público para financiar campanhas.
Com o novo adiamento, a proposta pode voltar à pauta de votações na semana que vem. Os deputados, porém, correm contra o tempo para aprovar mudanças, isso porque, para as alterações poderem valer nas eleições de 2018, precisam ser aprovadas até 6 de outubro (um ano antes das eleições).
A proposta de emenda à Constituição começou a ser analisada em 23 de agosto, mas não avançou justamente nas discussões sobre o novo sistema eleitoral e o fundo para financiar campanhas com dinheiro público.
Com o objetivo de encontrar alguma forma de o projeto ser votado, líderes partidários passaram toda esta quarta em reuniões com as respectivas bancadas para definir um modelo eleitoral que reunisse apoio entre a maioria.
A sessão
Como não se chegou a um acordo, as negociações passaram a ser feitas diretamente no plenário, no transcorrer da sessão.
Com isso, novos textos foram redigidos com o passar da noite e o início da madrugada. A redação que conseguiu reunir maior apoio foi a que previa a adoção do “distritão misto” para as eleições de 2018 e de 2020 e do “distrital misto”, a partir de 2022.
O texto chegou a ter o apoio de partidos como PMDB, PT e PSDB, mas o acordo no plenário desandou. Por se tratar de uma emenda à Constituição, eram necessários os votos de, pelo menos, 308 dos 513 deputados.
Diante da possibilidade de a propsota não ser aprovada, os partidos retiraram as emendas apresentadas e, com isso, passou-se à votação do texto que saiu da comissão especial, com o chamado “distritão puro”.
Com G1