Família de Gilberto Gil processa padre acusado de intolerância religiosa contra Preta Gil

O padre Danilo César, da cidade de Areial, no Agreste da Paraíba, investigado por intolerância religiosa após falas sobre a morte de Preta Gil, foi processado por Gilberto Gil e pela família dele por danos morais, conforme divulgado pelo blog do jornalista Lauro Jardim, no O Globo. Além de ser alvo do processo aberto pelo comentário em relação à religião de Preta Gil, o padre também é investigado por outras três acusações de intolerância religiosa.

Segundo o blog, um trecho da ação de indenização realizada pela família de Preta Gil ressalta que as falas de intolerância do padre foram reproduzidas em uma live na internet, o que promoveu uma onda de comentários racistas e intolerantes religiosos.

Segundo trecho publicado “a homilia também foi reproduzida nas redes sociais, o que acabou por incentivar uma corrente de comentários de terceiros, sendo a causa de uma onda de racismo religioso e intolerância religiosa”.

Os autores da ação, conforme Lauro Jardim, são Gilberto Gil, a esposa dele Flora Gil, além de Nara, Marília, Bela, Maria, Bem e José, irmãos de Preta; e Francisco, filho da cantora. A família Gil pede uma indenização de R$ 370 mil, e a ação foi interposta no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Na Paraíba, existem ao menos três investigações sendo feitas pela Polícia Civil, acerca das acusações de intolerância religiosa por parte do padre. De acordo com a delegada Socorro Silva, responsável pelas investigações, a previsão é de que o inquérito da Polícia Civil seja finalizado ainda nesta semana.

Quando ouvido pela Polícia Civil, o padre Danilo César negou as acusações. Conforme dito pela delegada ao Jornal da Paraíba, o padre alegou estar proferindo a fé católica e a própria crença para os fiéis, e que além de não ter a intenção de desrespeitar outras religiões e nem atacá-las, não queria desrespeitar a memória de Preta Gil.

A imprensa  buscou um posicionamento da Diocese de Campina Grande, responsável Paróquia de Areial onde as falas do padre foram feitas, mas até a última atualização desta matéria, não houve retorno.

O padre paraibano Danilo César de Sousa Bezerra, de 31 anos, está sendo investigado por intolerância religiosa após usar a morte da cantora Preta Gil para debochar de religiões de matriz afro-indígena durante uma missa em Areial, no Agreste da Paraíba. Três boletins de ocorrência foram registrados contra ele, e a Polícia Civil apura o caso.

De Olho no Cariri

Com Jornal da Paraíba

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