Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, Nilvan afirmou que a decisão de adiar a discussão gerou desconforto dentro da sigla, especialmente entre lideranças que defendem o avanço do projeto, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a senadora Damares Alves e o senador Cleitinho Azevêdo.
“Minha posição é de ser transparente, tenho uma proximidade muito forte com o presidente Hugo Motta, não é porque estou no partido que eu não possa expressar minha opinião e todo mundo conhece minha postura e tento ser o mais claro possível. O adiamento cria um mal-estar com várias lideranças do partido que são favoráveis à anistia, como eu. Se houver qualquer tipo de impasse, não tenho problema nenhum em deixar o Republicanos”, declarou Nilvan.
O impasse teve início após o deputado Sóstenes Cavalcante (PL–RJ) protocolar um requerimento de urgência para que o projeto fosse votado diretamente no plenário da Câmara, evitando o trâmite tradicional pelas comissões. Apesar disso, Hugo Motta optou por adiar a votação da urgência, alegando a necessidade de mais tempo para discussão entre os parlamentares.
Segundo Motta, a decisão foi tomada em consenso com o Colégio de Líderes após reunião em Brasília. “O tema foi amplamente debatido, e a decisão foi não pautar a urgência na próxima semana”, afirmou o parlamentar.
Para que o projeto da anistia tramite em regime de urgência, o requerimento precisa ser aprovado por pelo menos 257 deputados. Com o adiamento, a expectativa é que o tema volte a ser discutido em momento mais oportuno, após articulações políticas dentro da própria base governista e da oposição.