O Governo Federal, através do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou a chamada “lista suja” com nomes de empregadoras que submeteram seus trabalhadores a condições semelhantes à escravidão no Brasil. Segundo a lista, 19 empregadores da Paraíba, entre pessoas físicas e jurídicas envolvidas em casos registrados entre 2020 e 2025, foram incluídos.
De acordo com a lista, na Paraíba os casos foram registrados em Campina Grande (8 registros), Cabedelo (4), Taperoá (3), João Pessoa (2), Tacima (1) e Serra Branca (1). A atividade com maior recorrência de irregularidades é o trabalho em pedreiras e construção civil.
Em todo o Brasil, foram adicionados 159 empregadores no cadastro, o que representa um aumento de 20% em relação à última atualização. Desse total, 101 são pessoas físicas (patrões) e 58 são empresas (veja os empregadores paraibanos incluídos na lista ao fim da matéria).
Os empregadores envolvidos tiveram direito a defesa antes de terem seus nomes incluídos na lista, segundo o MTE.
A “lista suja” é um documento público divulgado semestralmente pelo Ministério do Trabalho, em abril e outubro, com o intuito de dar visibilidade aos resultados das fiscalizações do governo de combate ao trabalho escravo.
Como denunciar?
Denúncias de trabalho escravo podem ser feitas de forma remota no Sistema Ipê, lançado em maio de 2020 pela Secretaria de Inspeção do Trabalho em parceria com a Organização Internacional do Trabalho.
Este é o canal específico para denúncias de trabalho análogo à escravidão. O denunciante não precisa se identificar, basta acessar o sistema e inserir o maior número possível de informações.
A ideia é que a fiscalização possa, a partir dessas informações do denunciante, analisar se o caso de fato configura trabalho análogo à escravidão e realizar as verificações no local.
De Olho no Cariri
Com g1 PB / Foto: Ministério do Trabalho/Divulgação