Em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (16), no Clube Cabo Branco, em João Pessoa, doze clubes votaram pela destituição do presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Nosman Barreiro. Apenas uma equipe votou pela permanência do atual mandatário da entidade, e outros três clubes se abstiveram da votação. Após a assembleia, os clubes elegeram uma junta administrativa para o órgão.
Após a votação da destituição de Nosman, os clubes elegeram uma junta administrativa para liderar a Federação até as eleições que estão marcadas para este ano. Por 9 votos a 5, a chapa vencedora foi a de Artur Paulino (ex-técnico do Sport Campina) e Eduardo Faustino (membro do Tribunal de Justiça da PB), que concorreu com a chapa de Adelmário Costa (departamento de registro da FPF) e Marcos Souto Maior Filho.
Nosman tomou posse como presidente da FPF após a Justiça determinar o afastamento imediato do ex, Amadeu Rodrigues. Desde lá, os clubes não concordavam com a permanência dele a frente da entidade esportiva, até a convocação dessa assembleia.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou um ouvidor para a assembleia. Walter Feldman fez um discurso, falando sobre o atual momento do futebol paraibano e destacando a autonomia dos clubes e da entidade, em resolverem de forma independente, os problemas enfrentados pelo esporte no estado.
” É legítimo os clubes se reunirem para avaliar o atual quadro e tomarem decisões sobre seu futuro, contanto que seja estatutário e dentro das normas vigentes do país e os órgão responsáveis julgarão isso. Nós esperamos que essa decisão seja autônoma e independente. Está na Constituição Federal e nós queremos respeitar esse artigo que estabelece que o desporto precisa ter essa estrutura de funcionamento”,disse.
Feldman ressaltou que a CBF acredita que a solução para os problemas enfrentados na Paraíba possam ter soluções dadas pelos próprios clubes filiados à FPF e pela própria entidade máxima do futebol no estado.
“A CBF acredita que a Federação e os clubes da Paraíba encontrarão mecanismos próprios de resolução de um problema grave que se abateu sobre o futebol paraibano nos últimos tempos”, comentou.
O advogado de Nosman Barreiro, Diego Lima, afirmou que a defesa não reconhece a decisão tomada na tarde desta segunda-feira (15) pelos clubes. Segundo Diego “foi feita a revelia da legalidade do estatuto. Não houve nenhuma convocação para a assembleia. É um ato inexistente”.
Com ClickPB