Bandeira vermelha sofre reajuste de 52% e conta de luz ficará mais cara a partir de julho

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu nesta terça-feira, 29, o reajuste na cobrança adicional feita pela bandeira vermelha. Diante da crise hídrica e da necessidade de ativação de termoelétricas, a taxa extra sofreu reajuste de 52%, saindo de R$ 6,24 para R$ 9,49 por cada 100 Kwh consumidos.

O novo valor passa a vigorar no mês de julho e deve impactar as finanças das famílias brasileiras a partir do próximo mês. Reajuste aprovado é 31% maior do que o reajuste inicialmente proposto pela entidade, que pretendia definir o novo valor da taxa extra em R$ 7,57.

O sistema de bandeiras foi implementado no Brasil ainda em 2015 e prevê uma taxa extra por cada 100 Kwh consumido como forma de tentar induzir a redução do consumo de energia da população como forma de evitar crises no fornecimento diante dos baixos níveis de água nos reservatórios das hidrelétricas.

Ao anunciar o reajuste no preço das cobranças adicionais de cada bandeira, a Aneel argumentava a medida como necessária diante do que define como “a pior crise hídrica dos últimos 91 anos”.

“Essa conjuntura pressiona os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto de prazo (PLD), levando à necessidade de acionamento do patamar 2 da bandeira vermelha”, completa a entidade ao definir o cenário como “um dos piores da história”, complementa, em nota, ao anunciar a reunião que definiu os novos valores.

Diante da seriedade da crise e da ativação de termoelétricas para suprir a demanda dos consumidores, o reajuste inicial proposto em 21% foi considerado insuficiente por técnicos da Aneel antes mesmo da reunião consultiva.

A avaliação dos especialistas era de que tal porcentual não seria suficiente para cobrir os custos da compra da energia produzida nas usinas termelétricas, estimado em cerca de R$ 9 bilhões para orçamento do Ministério de Minas e Energia, que repassa valor para os consumidores.

Com O Povo Online

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