A Justiça da Paraíba pode a seu bel prazer e interesse fazer uma grande “injustiça” a mais de 20 mil pessoas residentes nas cidades de Serra Branca, São José dos Cordeiros, Parari e Coxixola. Isso porque do dia para a noite, o presidente do TJPB, desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, mudou seu próprio entendimento e um estudo da Comissão Permanente de Divisão Judiciária do TJ e resolveu pedir a desinstalação de uma Comarca que não estava entre as menos produtivas do Estado, que é o caso de Serra Branca, no Cariri da Paraíba.
A decisão pareceu de caráter eminentemente pessoal ou até obedecendo indicações políticas. As impressões foram sentidas por líderes políticos e advogados serra-branquenses, que estiveram nesta quarta-feira (25) em audiência com o presidente Márcio Murilo e não sentiram da parte dele disposição em modificar ou debater as contrarrazões de sua decisão.
Seja por qual motivo for, o pedido do presidente do TJPB será discutido no plenário com outros 19 desembargadores no prazo de 10 dias. Até lá, as lideranças de Serra Branca prometem fazer plantão junto a cada magistrado com direito a voto, para mostrar a impossibilidade de desinstalar uma Comarca tão importante e tão bem localizada.
Vale ressaltar que Serra Branca possui infra-estrutura estratégica para a manutenção de sua Comarca, a exemplo de uma agência bancária, o Banco do Brasil, e terminal bancário do Bradesco, uma unidade do INSS, posto do Detran, o Hospital Yaiá Maranhão, para o qual acorre a população de 7 cidades do Cariri, e recentemente teve boa parte das cidades interligadas ao município por meio de estradas do Governo do Estado.
De Olho no Cariri