Moradores de vila rural em Monteiro começam a receber água 2 anos após retirada de terras para transposição

Após mais de dois anos sofrendo com a falta de água, os moradores da Vila Produtiva Rural Lafayette, em Monteiro, no Cariri da Paraíba, começaram a receber água encanada. De acordo com o gerente regional da Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Ronaldo Meneses, o abastecimento no local aconteceu após reuniões com o Ministério Público Federal, que estabeleceu um cronograma para que todos os problemas na vila fossem resolvidos pelas instituições responsáveis.

“O bombeamento acontece dia sim, dia não, porque dentro da vila tem um caixa da Cagepa, e é a partir desse reservatório, que é abastecido, que acontece a distribuição para as casas da vila”, destaca Ronaldo Meneses.

De acordo com o presidente da associação de moradores da Vila, Agnaldo Freitas da Silva, o abastecimento foi iniciado há cerca de três semanas. “Estão mandando na segunda e na sexta, só para o consumo da casa, para o consumo humano. Tá dando, graças a Deus tá dando”, disse.

Ele explicou ainda que, devido a uma solicitação do MPF, a Prefeitura tem enviado semanalmente dois carros-pipa ao local, com água para que os animais consumam.

As 61 famílias que vivem na Vila Produtiva Rural Lafayette foram retiradas das terras em que viviam para a construção do canal da Transposição do Rio São Francisco, no Eixo Leste. O local foi criado como forma de compensar os agricultores atingidos pela obra.

“Houve várias reuniões com o Ministério Público Federal, mas para que a Cagepa voltasse a fornecer água para consumo na vila era necessário que o encanamento no local fosse avaliado e refeito pelo Ministério da Integração. Era preciso que a obra estivesse dentro de todas as normas técnicas e infelizmente existiam vários pontos irregulares, que não envolviam somente a obra, mas também licitações”, explica Ronaldo.

Conforme o gerente regional da Cagepa, nas reuniões com o Ministério Público Federal foi definido os prazos para que cada instituição envolvida com o funcionamento da vila resolvesse todos os problemas que atingem os moradores do local, estabelecendo um cronograma para que todas as ações fossem cumpridas.

De Olho no Cariri

Com G1 PB

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