Em meio ao acirrado período eleitoral, a prefeita Ana Lorena e a candidata à prefeitura Ana Paula ingressaram com uma queixa-crime contra o ex-vereador Cícero Roberto. As líderes políticas acusam o ex-vereador de disseminar comentários caluniosos, difamatórios e injuriosos em grupos de redes sociais, especificamente no grupo de WhatsApp “Amigos de Monteiro”, que conta com 597 membros.
Os ataques teriam ocorrido no dia 4 de setembro de 2024, às 14h45, quando Cícero Roberto teria utilizado a plataforma para lançar acusações severas contra as duas mulheres. Segundo a denúncia, os comentários chamavam a prefeita Ana Lorena de “incompetente, covarde” e a acusavam de participar de esquemas de “rachadinha”. Ana Paula também foi envolvida nas acusações, sendo vinculada ao mesmo tipo de esquema.
Em coletiva de imprensa, a prefeita Ana Lorena enfatizou a necessidade de manter o respeito durante o período eleitoral, independendo das divergências partidárias. “Devemos manter o respeito, independente de lado partidário”, afirmou Lorena.
A candidata Ana Paula também reforçou a importância de não personalizar a disputa política. “Estamos em uma disputa política e não pessoal. Somos todos de Monteiro, e o respeito é necessário”, pontuou.
Segundo o texto da queixa-crime, as acusações difundidas pelo ex-vereador configuram calúnia, difamação e injúria, tipificadas pelo Código Penal (Decreto-lei 2.848/40), a Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92) e os crimes de responsabilidade praticados por prefeitos (Decreto-lei 201/67). A queixa sustenta que tais comentários expõem as querelantes como se já tivessem sido julgadas e condenadas, comprometendo seriamente a honra e a reputação das mesmas.
O advogado das querelantes argumentou que a liberdade de expressão não pode ser usada como escudo para a prática de crimes contra a honra e que a justiça deve ser acionada para reparar os danos moral e político causados às suas clientes.
O episódio lança luz sobre os desafios enfrentados na política local, onde as redes sociais se tornaram palco de intensas disputas e ataques pessoais. A resposta jurídica dessa natureza sinaliza a intolerância das candidatas a qualquer forma de difamação e reforça a necessidade de se pautar o debate político no campo das ideias e propostas, com respeito mútuo e ética.