Caso Ana Sophia: polícia conclui inquérito sem encontrar corpo da menina

A Polícia Civil concluiu o inquérito do caso Ana Sophia, a criança de 8 anos que desapareceu em julho de 2023 no distrito de Roma, no município de Bananeiras, no Brejo paraibano. O caso foi oficialmente encerrado sem a que polícia tenha encontrado o corpo.

De acordo com o resultado final do inquérito, Tiago Fontes matou Ana Sophia, ocultou o corpo da menina e tirou a própria vida dois meses depois de ter cometido o crime.

Segundo a polícia, após encerrar o inquérito, as autoridades enviaram o documento para a Justiça. Em nota, as autoridades afirmaram que as análises feitas para conclusão do inquérito foram pautadas por análises técnicas de vestígios digitais e análise de imagens de câmeras de vigilância realizadas pelos investigadores.

Ana Sophia desapareceu em 4 de julho, por volta de 12h, quando pediu à mãe para ir brincar na casa de uma colega, como era de costume. A menina de 8 anos era acostumada a andar pelas ruas do distrito de Roma, no município de Bananeiras. Ela se despediu por três vezes e saiu usando um vestido azul florido. Ana Sophia foi até a casa da colega, mas não permaneceu por muito tempo, pois a menina estava de saída com a família para Solânea, cidade vizinha a Bananeiras.

Imagens de câmeras de segurança mostraram Ana Sophia entrando na casa de Tiago Fontes. Depois, a menina não foi mais vista.

O inquérito concluiu que o crime foi premeditado por Tiago Fontes. Segundo as investigações, essa conclusão foi atingida, após pesquisas encontradas no celular do investigado, que foi encontrado morto em novembro.

Além disso, o inquérito apontou também que o crime teve motivação sexual e que o suspeito agiu sozinho.

Segundo o inquérito, Tiago pesquisou em seu aparelho celular sobre estágio e decomposição de corpo humano e ocultação de cadáver, horas depois do desaparecimento de Ana Sophia e instantes antes das buscas serem iniciadas. Tiago Fontes pesquisou sobre vários casos de desaparecimentos de criança que envolvem morte e estupro.

De acordo com a Polícia Civil, a cronologia das pesquisas no celular de Tiago Fontes foram:

  • 5 de julho – 7h37 – pesquisa sobre decomposição de corpo humano;
  • 6 de julho – pesquisa o caso da criança Júlia, da Praia do Sol, que foi encontrada num poço assassinada pelo padrasto. Alguns dias depois, ele usa como critério de pesquisa “corpo uma semana após a morte”;
  • 25 de julho – pesquisa sobre estágios de putrefação
  • 28 de julho – pesquisa quanto tempo um fio de cabelo perde a capacidade de ser identificado por um DNA – preocupado com a ocultação de vestígios.

Com G1 Paraíba

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