A operação Kalki, deflagrada na manhã desta quarta-feira (20), em Juazeirinho, com a participação de 40 policiais, civis e militares, levou à prisão 7 suspeitos de participação em assaltos e homicídios na cidade, além da apreensão de 4 menores.
Em entrevista a imprensa nesta quarta-feira a tarde, Gilson Teles, delegado de Polícia Civil e responsável pelas investigações, que tiveram início em novembro do ano passado, destaca a retirada de circulação dos criminosos: Ismael Ferreira dos Santos (Vaca), Fábio Junior Jorge (Babá), Katriel Nunes de Souza (Pinguim), Lucas Kelman Vasconcelos, Josué Carlos da Silva Lameu (Gata Xana) e Leomar Batista da Silva, que é morador da cidade de Campina Grande, mas que cometia assaltos em Juazeirinho. A autoridade policial elenca ainda como importante a apreensão de um menor, responsável pela atuação em diversos assaltos ocorridos em Juazeirinho.
Menores recrutados para o crime
Segundo ele, o chefe da quadrilha recrutava menores para cometer os assaltos acreditando que ficariam impunes. “Mas nós provamos que esses menores também seriam apreendidos com as medidas cautelares devidas”, disse o delegado.
Início das investigações
Gilson destacou que, desde o início das investigação, há mais ou menos 5 meses, percebeu-se que os assaltos e assassinatos eram cometidos sempre pelas mesmas pessoas que figuravam nas ações. “Passamos a colher informações mediante áudios e testemunhas e percebemos que estava instalada na cidade uma associação criminosa”, pontua.
Organização na execução das ações
Os acusados agiam de forma organizada e cada um dos membros da quadrilha tinha uma função específica, desde o mentor intelectual das ações, passando pelo olheiro e os executores. “Identificamos a pessoa que fazia o levantamento do serviço que, na linguagem policial é o olheiro, tem o que era o mentor intelectual do crime, as armas eram guardadas fora da cidade e, no momento de desencadear a ação criminosa, o mandante pedia para um deles ir buscá-las e, em seguida, as distribuíam para os demais”, afirma o delegado.
A luta continua
Gilson ressaltou que a operação não se finda com as prisões e que as investigações irão continuar. “Não concluímos a operação, pois existem outras pessoas envolvidas nessa associação criminosa. Mas já demos uma resposta à sociedade de que quando as policias estão integradas junto com a população, o resultado se apresenta”, acrescenta.
Ele agradece a presença da Polícia Militar na operação Kalki desde o começo.
“A PM foi fundamental, desde o levantamento dessas ações até o desencadeamento da operação. A participação de alguns populares também foi pertinente, bem como toda a Polícia Civil, com as equipes da região e de Soledade, sobretudo, que participou diretamente no levantamento dessas informações”, elogia.
O delegado pede que população continue a ligar para o Disque Denúncia, 197, para que essas informações cheguem até a polícia e possibilitem outras prisões.
De Olho no Cariri
Com Heleno Lima
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