O deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) afirmou nesta segunda-feira (14) que o governador João Azevêdo (PSB) precisa tomar uma decisão clara e em breve sobre as eleições de 2026. Segundo ele, a definição do governador sobre disputar ou não o Senado é essencial para o andamento das articulações majoritárias e não deve ser adiada. “E na minha opinião, eu acho que na opinião de todos, isso não deve se postergar mais. Eu acho que nós temos um tempo em que brevemente nós teremos uma definição em relação a essa questão”, declarou em entrevista à TV Arapuan.
A fala foi dada após um almoço com o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), apontado como possível candidato ao Governo da Paraíba. Aguinaldo ressaltou que qualquer decisão sobre candidatura está condicionada ao movimento inicial de João Azevêdo, considerado “a primeira peça do xadrez” na sucessão estadual. O deputado, no entanto, afirmou que uma eventual antecipação pública da decisão poderia comprometer a gestão. “Na hora que você antecipa a eleição e verbaliza isso, você antecipa a eleição para agora, comprometendo a própria gestão, que está em primeiro lugar. Foi uma conquista desse grupo, junto e unido”, pontuou.
Ele comparou a situação à senadora Daniella Ribeiro, que também ainda não se declarou fora de uma disputa a reeleição, sinalizando que decisões antecipadas poderiam interferir na condução de mandatos em andamento. “Do ponto de vista político, você tem que ter a razoabilidade de tomar a decisão primeiro para, a partir daí, montar a estratégia de como vai executar isso”, avaliou.
Aguinaldo reafirmou o alinhamento com Cícero Lucena e negou qualquer clima de divisão dentro do grupo político. Disse ainda que mantém diálogo constante com o prefeito e que uma possível candidatura ao governo poderá ocorrer dentro ou fora do PP, conforme os cenários se ajustem.
O deputado também falou sobre o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), de quem é tio, afirmando que o “natural” seria João Azevêdo deixar o governo para disputar o Senado e Lucas assumir o Executivo estadual. No entanto, enfatizou que não há qualquer compromisso firmado sobre uma eventual candidatura de Lucas ao governo. “A coisa natural tem muita força quando é para acontecer, mas não houve nenhum compromisso entre João e o grupo para que Lucas dispute o governo em 2026”, explicou.