O assassinato da serventuária do Fórum de Taperoá, e esteticista Jaidete de Oliveira Correia, um dos crimes mais traiçoeiros, frios e covardes ocorridos no Cariri paraibano, está totalmente esclarecido e com os seis envolvidos presos. O último acusado, o atirador, foi preso em Blumenau/SC, onde trabalhava num restaurante.
Leonardo Assis Ramos, o “Léo”, de 30 anos, estava foragido desde que aconteceu o crime e trabalhava normalmente como se nada tivesse acontecido.
Jaidete, que tinha 38 anos, foi morta na clínica dela na cidade de Assunção no dia 23 de outubro do ano passado. Ela foi assassinada por inveja e ciúmes.
O delegado Ivaney Ferreira, que atua em Juazeirinho e região, presidiu o inquérito. Ele recorda que rapidamente, em um pouco mais de um mês, “iniciamos as primeiras prisões de duas pessoas que residem na cidade de Igarassu, em Pernambuco. Após essas prisões, as investigações continuaram e mais três pessoas foram presas, restando apenas essa pessoa de ‘Léo’, que estava foragido na cidade de Blumenau, em Santa Catarina”.
Ele informou que, os serviços de inteligência das Polícia Civil da Paraíba e de Santa Catarina conseguiram localizar “Léo” e a Polícia Militar de Santa Catarina cumpriu o mandado de prisão preventiva. O alvo da ação em Santa Catarina ainda tentou fugir pelos fundos do restaurante onde trabalhava.
Conforme o delegado Ivaney Ferreira, “‘Léo’ estava vivendo normalmente na cidade de Blumenau, estava trabalhando como se nada tivesse acontecido, mas a polícia agiu, o prendeu e agora ele vai responder pelo crime de homicídio qualificado”.
O delegado contou que o pistoleiro e outra pessoa “entraram no estabelecimente onde Jaidete estava trabalhando, alegando que eram prestadores de serviço de internet. A conduziram até o banheiro e Léo atirou na cabeça dela”.
A trama
O homicídio ocorreu por volta das 13h30 de uma segunda-feira, 23 de outubro do ano passado, na clínica de depilação dela, em Assunção. Jaidete de Oliveira Correia morreu na madrugada da terça (24) no Hospital de Trauma em Campina Grande.
Inicialmente ela foi socorrida para um hospital de Juazeirinho e em seguida transferida pelo Samu para Campina. Dois homens numa moto chegaram perguntando se havia problema na Internet.
Após atendê-los, Jaidete foi empurrada ao banheiro e recebeu um tiro na cabeça. O desfecho foi no final de novembro do ano passado.
Durante entrevista coletiva na tarde de 29, a PC informou que o caso tinha sido esclarecido. Conforme a delegada seccional Mairam Moura, Jaidete foi morta por “encomenda”.
O crime foi encomendado por Aldaíza “Iza”, ex-namorada de Fabiano Motta, marido atual da vítima fatal. A mulher teve um relacionamento com Fabiano por volta de 2020.
Inicialmente três pessoas foram presas: uma mulher identificada como “Alice”, Bruno Silva e Pedro Henrique. Eles tiveram participação direta no crime.
Alice ligou pra Jaidete para marcar uma falsa depilação. Bruno da Silva foi contratado pela mandante por 20 mil reais e contratou mais duas pessoas para executar o crime.
Bruno ficou com 10 mil reais e os outros dois homens, com 5 mil reais cada. Pedro Henrique foi o piloto da moto que deu fuga a Léo.
Aldaíza, de 28 anos, estava escondida na casa da irmã, em Desterro, no Cariri, e foi presa no dia 30 de novembro. Ela se sentia inferior em relação a Jaidete e não aceitava ter perdido o companheiro para ela.
De Olho no Cariri
Com Renato Diniz