O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou à Secretaria Judiciária da Corte que dê início ao processo de extradição do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que fugiu em setembro para os Estados Unidos.
O aliado de Jair Bolsonaro deixou o Brasil no mês em que a Primeira Turma do STF condenou o deputado a 16 anos, 1 mês e 15 dias de prisão por organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
“Determino à Secretaria Judiciária que remeta ao Ministério da Justiça e Segurança Pública os documentos necessários para formalizar o pedido de extradição de ALEXANDRE RAMAGEM, nos termos do Tratado de Extradição com os Estados Unidos da América”, diz o despacho de Moraes.
A área técnica do STF vai preparar todo o material sobre o processo que levou à condenação do deputado.
Os documentos serão enviados ao Ministério da Justiça, que fica responsável por analisar a documentação, verificar os requisitos legais do tratado de extradição entre Brasil e EUA e preparar o pedido.
Depois, cabe ao Ministério das Relações Exteriores formalizar e encaminhar o pedido de extradição pela via diplomática ao governo dos Estados Unidos.
Aliados de Ramagem, no entanto, dizem que ele deve pedir asilo político no país norte-americano.
De acordo com investigações da Polícia Federal, Ramagem saiu do país de forma clandestina pela fronteira do Brasil com a Guiana.
Segundo as apurações, Ramagem atravessou a fronteira pelo estado de Roraima, onde já atuou como delegado, sem passar por nenhum posto migratório.
No país vizinho, Ramagem embarcou no Aeroporto de Georgetown, na capital da Guiana, com destino aos Estados Unidos, onde entrou utilizando passaporte diplomático, apesar de uma determinação para cancelamento do documento.
De Olho no Cariri
Com G1












