A quinta-feira Santa é repleta de significado para todos os cristãos católicos. Na celebração da Ceia do Senhor, recorda-se a entrega de Jesus à sua paixão. É o Tríduo Pascal que comunica os momentos mais fortes desta Semana Maior.
Na Missa presidida por Dom Dulcênio Fontes de Matos, na tarde desta quinta (09), na Catedral de Campina Grande, ele refletiu sobre o encontro de Jesus com seus discípulos na última Ceia, a instituição da Eucaristia e o Novo Mandamento deixado pelo Senhor.
Repetindo-se o que já ocorrera esta semana, a celebração contou apenas com uma pequena equipe litúrgica que incluiu seminaristas, o padre Luciano, o diácono Ricardo, os músicos e os profissionais da TV Itararé.
Nessa celebração da Ceia do Senhor, era comum acontecer o Rito do Lava-Pés, como forma de relembrar a humildade de Jesus, praticada com seus discípulos. Devido às restrições pandêmicas, o rito do Lava-Pés foi suprimido, assim como a procissão que conduzia o Santíssimo a uma capela – o Santíssimo Sacramento continuou no sacrário.
O bispo assinalou sua homilia explicando que esta celebração da Ceia do Senhor é a porta de entrada para o Tríduo Pascal do Crucificado, Sepultado e Ressuscitado. Falou também, de modo mais contextualizado, da páscoa judaica. E dessa forma explicou os acontecimentos que marcaram a história a partir de Jesus Cristo.
“Jesus quis na noite de sua ‘Última Ceia’, com seus discípulos, despojar-se ainda mais, transformou pão e vinho em seu corpo e sangue. Jesus nas espécies eucarísticas se deixa manusear, mesmo sendo Deus em corpo e alma, com sua humanidade e divindade. Ele deixou-nos nesta Última Ceia um mandamento novo: ‘Que vos amei uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos também vós uns aos outros’”.
“Ele é um mandamento novo porque são novos os seus motivos: o próximo é uma só coisa com Cristo. É um mandamento novo porque estabelece relações novas entre os homens; porque o modo de cumpri-lo será sempre novo: ´Como eu vos amei´; porque se dirige a um povo novo e requer corações novos. É novo porque sempre será uma novidade para os homens, acostumados aos seus egoísmos e as suas rotinas”, discorreu Dom Dulcênio.
Expressando sua mensagem ao povo de Deus, o bispo disse: “Todos nós gostaríamos de estar próximos fisicamente, o que é impossível diante do que estamos vivendo por conta da gravidade do quadro pandêmico. Tenho convicção pela fé que estamos unidos mais do que nunca, sentindo a presença de Senhor nos protegendo e fortalecendo-nos na caminhada. Transforme sua casa num templo santo, criando um clima de piedade e fé entre os seus e acompanhe a Santa Missa com respeito e adoração a Jesus”.
Foto: Joaquim Urtiga/Pascom-CG