A estudante de Jornalismo, Rharyanne Ouriques, com direito ao auxílio emergencial disponibilizado pelo Governo Federal para minimizar os prejuízos da pandemia do novo Coronavírus na economia do país, se dirigiu a Caixa Econômica no Centro de Campina Grande, na madrugada desta quarta-feira (6), para sacar o dinheiro. Ela relata o que viu em frente à agência.
“As primeiras pessoas chegaram por volta das 03h da manhã, eu às 05h. Tinha muita gente, inclusive de cidades vizinhas como Pocinhos e Areial, mas o atendimento foi muito rápido. O pessoal que ainda está em análise também lotou as filas, mas não tinha o que fazer, eles devem aguardar”, falou.
Rharyanne diz que ambulantes estão aproveitando às aglomerações diárias para vender salgados, sucos e água. “Conversei com um deles que me disse que a sorte dele está sendo as filas nas agências, pois assim ele tem onde vender os salgados e ajudar na renda, que foi afetada com a crise”, pontuou.
Entretanto, a estudante lamenta abusos praticados diante da necessidade da pessoas. “Vi gente vendendo lugar na fila, copiadora cobrando R$ 1 por xerox, pois precisamos tirar do CPF, um valor fora do normal que é de 10 a 15 centavos”, afirmou.
Rharyanne destaca também que podê ver ‘gente desesperada, revoltada, se sentindo humilhada, com dificuldades em usar o aplicativo e com medo de não receber o dinheiro’.
Ela ainda elogiou a estrutura de apoio montada pela Prefeitura. “Choveu muito durante a madrugada e as pessoas estavam sentadas, debaixo da tenda, quentinhas e protegidas. Fez uma diferença enorme, não ficamos expostos à chuva”, finalizou.
Com Paraíba Debate