PASCAR elabora programação para comemorar a Semana da Conservação do Solo

Com o objetivo de comemorar o Dia Nacional da Conservação do Solo, comemorado no dia 15 de abril, a equipe do Laboratório de Solos do Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (CDSA), da UFCG em sumé, juntamente com voluntários do Programa de Ações Sustentáveis para o Cariri (PASCAR) e o Projeto Solo na Escola/UFCG irão realizar exposições didáticas e rodas de conversas para alertar a população da responsabilidade de cada um para manter a qualidade dos solos da região.

“Em um momento em que há cada vez mais terras no mundo em risco de deterioração e degradação, a Assembleia Geral das Nações Unidas, decidiu declarar os períodos compreendidos entre 2010 e 2020 como década para os desertos e a luta contra a desertificação, e de 2015 a 2025 como década do solo”, informou a professora Adriana Meira Vital, coordenadora do PASCAR e do Laboratório de Solos (Lasol).

O objetivo é promover ações de sensibilização para a conservação dos solos do planeta, além de oferecer uma oportunidade de efetuar mudanças críticas destinadas a garantir que, em longo prazo, os solos possam continuar a fornecer condições para o bem estar humano.

Segundo a Avaliação Ecossistêmica do Milênio, 10% das terras áridas e semiáridas estão sofrendo os efeitos de uma ou mais formas de degradação dos solos e 33% dos solos do mundo estão em situação de moderada à severa degradação.

A ONU (Organização das Nações Unidas) desenvolveu um estudo intitulado “A Economia da desertificação, da degradação e da seca”, que gerou um grande alerta para o mundo: como estamos cuidado dos nossos solos? Segundo o documento, até 5% do PIB agrícola mundial é perdido anualmente por causa da degradação e desertificação do solo; além disso, há prejuízos sociais enormes, e o principal deles é a fome, já que muitas regiões têm seus solos esgotados, impedindo que continuem a produzir alimentos. O estudo ainda aponta que muitos países têm perdido até 2% do seu solo fértil anualmente, o que levaria tais países a terem toda sua área produtiva praticamente esgotada em 50 anos.

“Quando o solo não recebe cuidado adequado ele perde suas propriedades e se tornar infértil. Para conservá-lo, algumas medidas simples podem ser tomadas, como a manutenção ou reposição da mata nativa, o combate sistemático a erosão, pelo uso de plantio em curvas de nível ou terraços, além da rotação de culturas, dos consórcios, do uso de adubos verdes e compostagem nas áreas produtivas ou em pousio, do sistema de plantio direto, da pouca movimentação do solo (sem corte de terras), dos sistemas de irrigação mais efetivos e menos agressivos, como o gotejamento, do uso de fertilizantes orgânicos, do controle da queimada e da redução no uso de agrovenenos, aliado ao cuidado com a saúde do solo, mantida por um programa eficiente de análise de sua fertilidade”, disse a professora.

“Lembremos que o custo anual para recuperar/restituir os solos ao seu potencial produtivo é, segundo a ONU, de aproximadamente US$ 40 bilhões. E sem solo, sem água, sem alimentos, sem construções, sem fauna, sem flora, sem vida… Assim, é importante refletir sobre a ação nossa de cada dia, pois do solo sadio dependem todas as criaturas, na grande Teia da Vida. E você, pesquisador, estudante, agricultor, criança, jovem ou adulto, como está cuidando do solo sob seus pés? Comece a pensar neste assunto!”, finalizou a professora.

 

De Olho no Cariri

Com Ascom

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