Deputado paraibano quer a permanência do pagamento de bolsas do CNPq

O presidente da Comissão de Educação da Câmara Federal, deputado Pedro Cunha Lima (PSDB), usou a tribuna para defender a permanência do pagamento das bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) como uma forma de contribuir para uma educação de qualidade e superação da desigualdade social, que ainda é tão forte no Brasil.

O parlamentar expôs a história de uma estudante do Ensino Médio, moradora da zona rural do Piauí, que passou nas Olimpíadas de Matemática. “Sensibilizado assisti uma matéria em que Natália, moradora da Zona Rural e estudante do Ensino Médio, dizia ter vencido as Olimpíadas de Matemática e começou a receber uma bolsa de R$ 100 para estimular o avanço dos estudos. Mas, pelo momento que o CNPq enfrenta essa bolsa, possivelmente, será suspensa”, afirmou.

Pedro aproveitou a oportunidade para fazer uma analogia no sentido de mostrar que o valor da bolsa, que é de R$ 100, por vezes não paga o almoço de um deputado em Brasília, mas possui uma representatividade para o avanço da educação no país.

“Eu realmente não consigo admitir e aceitar, porque se eu, deputado federal, tivesse ido almoçar em um restaurante caro de Brasília e no final a conta desse mais de R$ 100, apresentando o meu CPF na nota fiscal, esse valor seria ressarcido pelo Poder Público. Então para o almoço do deputado, que é ressarcido, ainda tem dinheiro. Não está sendo suspenso. Mas, para a bolsa de estudos de quem batalha para vencer uma olimpíada de matemática e dar sequência a um sonho de vencer a barreira da desigualdade, esse dinheiro vai parar”, criticou.

Ele defendeu que esse assunto seja discutido em todas as esferas dos Três Poderes, porque enquanto o País suspende a bolsa de uma estudante do ensino médio, segundo o deputado, outros espaços de orçamento do Poder Público não são discutidos. “Um juiz do Mato Grosso recebeu em um mês mais de 500 mil reais. O Tribunal de Justiça de Pernambuco queria instalar auxílio-alimentação retroativo de 2011 para cá. Vamos fingir que isso não acontece? Vamos fingir que esse não é um tema importante a ser debatido?”, questionou.

Pedro Cunha Lima afirmou que se o Brasil está em clima de contenção de despesas é preciso que essa realidade também seja adotada em outras áreas, como na redução do custo da máquina pública.

Com Mais PB

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