Boqueirão perde 31% de água, mas Cagepa descarta racionamento

O açude Epitácio Pessoa, mais conhecido como Boqueirão, segue perdendo água e chegou, nesta quarta-feira (08), a 31,12%, que é equivalente a  128,13 m³ do seu volume total. O bombeamento de água do eixo leste da transposição do São Francisco para o açude está suspenso desde maio deste ano, devido à continuidade de obras nas cidades de Poções e Camalaú, que estão atrasadas.

A situação preocupa o vereador Márcio Melo Rodrigues, que é vice-presidente da Câmara Municipal de Campina Grande, e moradores da região, que temem a possibilidade do racionamento voltar. Márcio destacou que as comportas de Boqueirão ainda continuam abertas, agravando o quadro. “Não somos contra abastecer outros municípios com as águas e Boqueirão, mas que as autoridades se movimentem para solucionar a questão com a máxima rapidez”, disse.

Porém, segundo Ronaldo Menezes, gerente da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), por enquanto não há risco. “Para que haja racionamento, é necessário que a Agência Nacional das Águas (ANA) reduza o valor autorizado da vazão a ser retirado do açude Boqueirão por parte da Cagepa. Não houve nenhuma modificação na última resolução, ou seja, seguimos o abastecimento sem racionamento”, explicou.

O açude de Boqueirão abastece Campina Grande e mais 18 cidades e depende da chuva para continuidade de abastecimento. A qualidade da água chegou a ser questionada após consumidores sentirem cheiro e gosto, mas análises laboratoriais confirmaram que não há problemas.

Obras atrasadas

De acordo com João Fernandes, presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba, as obras nas cidades de Poções e Camalaú já eram para ter sido entregues, pois o prazo estava previsto para o dia 2 de agosto. Na tarde desta quarta (08), o Ministério Público Federal divulgou um novo prazo para a finalização das obras, estipulando o dia 30 de setembro.

Com Portal Correio

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