Artesãos participam de projetos e preparam encomendas após 25º Salão de Artesanato da Paraíba

Fazendo valer seu lema, “O PAP não para”, o Programa de Artesanato da Paraíba (PAP) segue com suas ações e projetos. Após o 25º Salão de Artesanato da Paraíba, que aconteceu em João Pessoa, de 18 a 29 de janeiro, os artesãos participantes ainda contabilizam vendas e continuam preparando e entregando as encomendas, além de participarem de novos projetos conquistados por causa do evento.

Durante o Salão, acontecem não só as vendas, mas e também são encomendadas várias peças aos artesãos, inclusive de outros estados, além de surgirem oportunidades, uma vez que os salões de artesanato da Paraíba são vitrines para o trabalho dos artesãos. De acordo com a coordenação do Programa, o objetivo principal do PAP é o desenvolvimento econômico dos artesãos cadastrados. Este desenvolvimento vem por meio dos Salões, das feiras e feirinhas no estado ou outros lugares do Brasil e algumas partes do mundo. Estes espaços são, comprovadamente, as principais vitrines dos produtos artesanais paraibanos.

“Muito de nossos produtos já foram para fora do país, publicados em revistas nacionais, como Casa Jardim. Já estivemos na passarela da São Paulo Fashion Week, com estilistas de renome nacional e internacional, a exemplo de Ronaldo Fraga, Fernanda Yamamoto, João Pimenta”, comenta a gestora do PAP, Lu Maia.

Ela acrescenta que os produtos paraibanos, bem como artesãs, estiveram na maior feira da indústria têxtil e moda do mundo, a Premier Vision/Maison D’Exception, em Paris.  “Muito interessante é saber que a nossa Paraíba esta também olhando pra dentro de casa, mostrando a nossa identidade cultural, os nossos valores, a nossa gente que faz bem feito aqui mesmo”, complementa a gestora.

Crochê

Um dos frutos do Salão foi a parceria entre as artesãs do grupo de crocheteiras Ponto Livre com a estilista paraibana Alessandra Sobreira. “A criativa e elegante estilista paraibana Alessandra Sobreira vem absorver a grande oportunidade de aproveitar o eco que está em tendência no mundo todo: resgatar o artesanal numa produção sofisticada e assim, comercialmente valorizada, pois o produto artesanal ganha destaque pela originalidade”, destaca Lu Maia.

Alessandra Sobreira, estilista especializada em moda noiva, ficou atraída pela Coleção Combongó, idealizada pelo também etilista paraibano Romero Sousa, como uma ação do Núcleo de Moda do Programa de Artesanato da Paraíba (ModaPAP), lançada no 24º Salão de Artesanato da Paraíba. “Ela gostou do que viu e, muito entusiasmada, anunciou que vai fazer um trabalho com as crocheteiras do Grupo Ponto Livre, de João Pessoa, que fizeram os vestidos, blusas, saias, biquínis da Coleção Combongó. Sua intenção é apresentar um trabalho em um evento nacional”, explicou a gestora.

Segundo conta a própria estilista, o ateliê Alessandra Sobreira surgiu há 17 anos, sempre focado em vestidos de noiva e festa, tendo ela mesma cuidando da criação até a produção. Sua mãe é artesã, chapeleira e desenha acessórios para noivas. Alessandra conta que vivia entre ateliês de alta costura no Rio de Janeiro, onde morava. Desenha desde criança e desenvolve seus vestidos por meio da técnica moulage – uma forma tridimensional de se criar, feita diretamente no manequim. A estilista já teve seus vestidos representados por grandes artistas em revistas e novelas da emissora Globo, fruto de uma abertura de mercado fora do estado. Hoje, o ateliê é especializado apenas em noivas.

Sobre o projeto, a estilista explica que está sendo criada uma nova linha de vestidos de noiva voltada para o estilo “mini wedding”, e como ela já havia se utilizado do artesanato paraibano anteriormente, como o macramê, queria desta vez usar algo diferente. “Em visita ao Salão de Artesanato, vi o trabalho das crocheteiras do Ponto Livre e me apaixonei, não só pelas peças produzidas como pelas pessoas”, relata Alessandra. O atual projeto consistirá de dois vestidos com o trabalho das crocheteiras, destinado ao lançamento da nova linha do ateliê da estilista.

Rendas

Há ainda uma segunda novidade após as atividades do 25º Salão. Depois de desenvolver a Coleção Histórias Rendadas, com as rendeiras do Cariri paraibano, levada à passarela da São Paulo Fashion Week, a estilista Fernanda Yamamoto volta ao estado para realizar uma nova coleção, desta vez com as labirinteiras de Ingá, município paraibano. A nova coleção também estará na passarela da maior semana de moda do país.

Para esta coleção, que conta com a assessoria do ModaPAP, a partir desta quinta-feira até a segunda-feira (13) acontece a primeira visita a Ingá e também aos municípios de   Juarez   Távora,   Riachão   do   Bacamarte   e   Alagoa Grande – onde se encontram uma concentração maior de labirinteiras. “Não há porque não admitir, somos grandes exportadores de talentos e o ModaPAP, por exemplo, é o único núcleo de moda entre os estados da federação que estão vinculados ao Programa do Artesanato Brasileiro”, arremata Lu Maia.

Balanço

O 25º Salão de Artesanato da Paraíba, realizado em João Pessoa, de 18 a 29 de janeiro, teve cerca de 50 mil visitantes e angariou R$ 720.443,00 em vendagem para os artesãos paraibanos. Foram comercializadas 23.416 peças no total. A madeira foi a tipologia que liderou o ranking de comercialização de peças, vendendo 4.517 peças, totalizando R$ 105.845,00 em vendas e ficando em primeiro lugar. A comercialização foi seguida de habilidades manuais, com R$ 74.930,00 e 7.382 peças; depois couro, com R$ 57.544,00 em vendas e 1.965 peças comercializadas. Em quarto lugar veio a tipologia barro/cerâmica, com vendas de R$ 54.697,00 e 603 peças. Por fim, vem gastronomia, com a comercialização de R$ 47.758,00.

Os visitantes somaram 51.652 e a média diária foi de 4.304 pessoas por dia. O Salão ainda teve muita cultura, música, leitura, aprendizagem e diversão. Houve gastronomia típica, projeto de leitura, livros a preço popular, apresentações culturais diárias, leilão de vestidos, além de capacitações para os artesãos.

 

De Olho no Cariri

Com Secom

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