O Cariri virou mar com a chegada da Transposição, mas paradoxalmente sua população ainda sofre os efeitos do desabastecimento. As águas da Transposição ainda não estão sendo utilizadas para abastecer o Cariri, com exceção do município de Monteiro, e as demais cidades da região estão sendo assistidas com a recarga que tomou o açude de Sumé.
A Cagepa definiu um cronograma de racionamento, mas dois problemas estão sendo sentidos pela população desde que o sistema passou a funcionar.
Um já havíamos tratado aqui no De Olho no Cariri e persiste, que é o desabastecimento de várias localidades nas cidades atendidas pelo racionamento. A Cagepa informou que está fazendo manobras, mas que a água ainda é insuficiente para chegar em todos os lugares dentro do esquema de distribuição que está sendo possível no momento.
O outro problema agora é a qualidade da água que está chegando as torneiras dos caririzeiros. Nesta segunda-feira (18), populares de toda a região compartilharam fotos nas redes sociais da água que está chegando às torneiras e o líquido é aparentemente muito barrento e, portanto, impróprio para o consumo humano.
A reportagem do portal De Olho no Cariri ouviu moradores de Serra Branca, São João do Cariri e Sumé e eles atestaram a mesma preocupação com relação a qualidade da água.
“A água que chegou nesta segunda-feira é tão suja e barrenta que se a utilizarmos em atividades simples como lavar os pratos, estamos sujando mais do que limpando e portanto não nos serve”, relatou o morador Régis Oliveira, de Serra Branca.
A resposta
A reportagem do portal De Olho no Cariri entrou em contato com a Cagepa e o diretor regional Ronaldo Menezes explicou que a situação da água barrenta se deu por um problema pontual na estação de tratamento e que já será solucionado no dia de hoje.
Segundo Ronaldo Menezes, a Cagepa ao perceber a falha na estação de tratamento parou emergencialmente as atividades nesta segunda (18), mas já resolveu o problema.
“Ao longo desta terça é que a qualidade da água distribuída melhorará e tenderá a voltar à normalidade. A partir das 22 horas retomamos a produção máxima de água para as cidades do eixo de Serra Branca. Mas continuaremos a monitorar a qualidade, pois entrou muita água nova no açude e há ainda muitas partículas sólidas na água”, relatou ele.
De Olho no Cariri