Estado de saúde de Fabiano Gomes se agrava no PB1 e defesa pede prisão domiciliar

Fabiano está preso desde o dia 22 de agosto na Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes (PB1), em João Pessoa, em decorrência das investigações da Operação Xeque-Mate, que apura desvios de dinheiro público e fraudes na administração do Município de Cabedelo, Região Metropolitana da Capital.

De acordo com o advogado Gustavo Botto, além do pedido de prisão domiciliar, existem dois habeas corpus tramitando no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele disse aguardar o deferimento do pedido pela Justiça, uma vez que a prisão não tem motivo que a justifique. “Não há motivos para que ele permaneça preso. Fabiano tem, desde o início, se colocado à disposição da Justiça e do Ministério Público, não oferece risco à população, além de ter sua condição de saúde bastante agravada com toda essa situação a que está submetido”, observou.

Gustavo Botto disse que Fabiano encontra-se em uma cela individual para resguardar sua integridade física e só está recebendo visita de familiares e dos advogados que fazem sua defesa.

De acordo com Botto, o estado de saúde de Fabiano é preocupante e inspira cuidados. Ele revelou que os médicos já atestaram a necessidade de o radialista internar-se para se submeter a um tratamento. “Ele tem diabetes e depressão, que estão se agravando devido a essa situação. Nesse período em que está preso, Fabiano já precisou ser atendido cinco vezes pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) após passar mal, por isso entendemos que ele deve ter o pedido de prisão domiciliar acatado pela Justiça”, afirmou.

Advogado nega tentativa de suicídio

Gustavo Botto negou boatos que estariam circulando sobre uma possível tentativa de suicídio pelo radialista. Botto lembrou que Fabiano é diabético e possui um quadro depressivo, que inclusive está se agravando após sua prisão, mas rechaçou qualquer possibilidade neste sentido.

Delação premiada

Gustavo Botto também descartou, neste momento, a possibilidade de Fabiano acertar um acordo de delação premiada com a Justiça. Segundo ele, isso não foi discutido pela defesa com o seu cliente.

Botto ressaltou ainda que o depoimento prestado por Fabiano Gomes ao Ministério Público se deu de forma voluntária por iniciativa do próprio comunicador.

Entenda o caso

Deflagrada em abril deste ano, a Operação Xeque-Mate foi motivada, segundo a Polícia Federal, por uma denúncia de que o prefeito Leto Viana teria forçado vereadores a assinarem cartas-renúncia. Caso algum deles votassem contra as intenções da gestão, o documento seria protocolado. Por se arriscarem a assinar as cartas, os vereadores recebiam dinheiro e outros benefícios. Entre as decisões da Câmara alinhadas à vontade do prefeito, estaria o veto à construção de um shopping center na cidade.

Outra negociação investigada aponta que o ex-prefeito de Cabedelo, Luceninha, teria recebido R$ 5 milhões para renunciar ao mandato. As investigações dizem que foi esse esquema que contou com a participação de Fabiano Gomes. Conforme divulgado pela PF, o radialista teria sido uma das pessoas responsáveis por repassar quantias financeiras ao ex-gestor. Na época, Fabiano Gomes disse em nota à impressa que estava “colaborando com as investigações e à disposição dos órgãos competentes”.

Além dessas “trocas de favores” entre empresários, Prefeitura e vereadores, a Operação Xeque-Mate apura que ao menos R$ 30 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos de Cabedelo, a partir do loteamento de cargos fantasmas, doações de terrenos com avaliações fraudadas e utilização de laranjas para ocultação patrimonial.

Com Portal Correio

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